26 de maio de 2009

Manelita...

Pois é, pelos vistos a Manelita fez mais das suas. Essa "personagem" que mais parece saida de uma banda desenhada, voltou a confundir o jornalismo de investigação com ataques pessoais e direccionados, desta feita em direcção do Bastonário da Ordem dos Advogados, o qual também lhe respondeu. 

Quer-me parecer que, neste país à beira-mar plantado, há pessoas cuja influencia se transpõe para lá do razoável. Tudo bem que é directora de qualquer coisa na TVI, esse canal que confunde jornalismo de investigação com caça às bruxas, que seguem a máxima de jornalismo em que "uma má notícia é uma boa notícia, uma boa notícia não é notícia", e que abusa um pouco do seu proteccionismo dentro do canal (ou não fosse o marido o director geral), pois não é preciso recordar o episódio da saída do Prof.Dr. Marcelo Rebelo de Sousa  (este sim, merece muito o seu título académico) do canal após a forma como falou sobre o PM na altura. 

Qualquer outro jornalista já teria, num qualquer outro país, levado com um processo em cima, bem como um valente aviso dos seus superiores. Esta senhora não, continua na sua caça às bruxas qual Inquisição, apostada em demonstrar os podres de quem está no poder do país. Cada vez mais, a campanha é de derrotismo por podridão, e não por mostrar alternativas. E até não as há, mas isso não interessa. O que interessa é o Freeport, o desemprego, a licenciatura do Engº que não é Engº, não interessa se há uma empresa que tem um projecto inovador, se há perspectivas de subida da economia... isso não vende e, ao fim de contas, esse canal que tem o jornalismo de investigação, também se interessa pelos lucros ao final das contas.  Afinal, são esses os lucros que permitem manter o elevado estatudo das pseudo-vedetas das excessivas produções nacionais que o canal faz (ou encomenda, mas que transmite).

Mas não tenho nada contra a Manelita. Acho-a uma jornalista razoável, não se destaca de outras pratas da casa, e peca (e muito) ao trazer o seu lado pessoal a algo que deverá ser imparcial: a noticía. A informação deve ser parcial e, da forma como a mesma é apresentada por ela, não o é. Há sempre o seu cunho pessoal e isso deturpa, a meu ver, a veracidade do evento.  Mas isto sou apenas eu, alguem cuja opinião não é importante, é apenas mais uma opinião. É a minha. E, neste estado democrático em que vivemos, tenho direito à mesma, da mesma forma que a jornalista em questão também tem. 

A mim de pouco ou nada me interessa se quem recebeu o dinheiro (se é que o houve) do Freeport foi o Socrates, o primo, o tio ou outra pessoa. Não me interessa. Houve corrupção? Que fique provado, mas há corrupções muito mais graves a níveis mais baixos da política e essas sim, lesam os meus interesses e os de muitos portugueses. Porque será que não se investigam casos de corrupção em C.M.'s  desse país onde, desde "prémios" em espécie a favores políticos, tudo serve os interesses de quem manda e de quem precisa? Isso não tem mediatismo, não importa. Quem quer saber, além dos residentes, se o Presidente tal recebeu o apartamento ou o terreno, ou o carro que pôs em nome do filho? Isso não vende, não enche manchetes nem abre jornais da noite... E esses são bem mais fáceis de provar, do que a eventual corrupção do PM... que, até hoje, ainda não ficou provada. Se vale a palavra de quem se "chibou", vale também a palavra do visado, neste caso o PM... E tal como não me interessa saber se o PM passou à cadeira por fax ou não... Há tantos que são Dr's e Engºs e nunca frequentaram a universidade...

Se alguem ligado à TVI ler isto (duvido, mas pronto), não entendam como uma critica leviana. Não o é, sou espectador do canal e tenho legitimidade para afirmar o que afirmo. Ponderem, no entanto, se não está na altura de mudarem algo dentro do canal. Se quiserem, eu apresento-vos alguns pontos a mudar, pois quem critica deve, sempre, ter uma alternativa ou solução, senão é crítica apenas por criticar. Os lucros são bons, mas a sua perseguição transforma-vos em capitalistas puros...e não em jornalistas de investigação!!!!

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